domingo, 17 de abril de 2011

Você ainda está aqui... Quer dizer eu estou.



Faz tanto tempo que todas as nossas máscaras foram postas ao chão e eu te amei na minha rua. As nossas lembranças estão virando o meu único refúgio para não te esquecer, ou talvez eu nem queira que o super bonder perca a fixação que nos prendeu um dia na calçada, acho até que a única coisa que preciso são desses retalhos que costuram meu coração que há tempos você esqueceu de cuidar.
Alimentar os pensamentos que correm é um tanto errado, e eu tenho consciência disso, mais eu já perdi as forças de te negar em mim, porque tudo para no mesmo ponto que desisto, é como se todo o seu jeito torto de sorrir prendesse as partes que de mim saem a sua procura em cada pedacinho da sua boca que tinha o frescor de um campo florido que me fazia estar em casa, nada mais tenho a fazer se não me render... Me rendendo posso chegar aos seus braços novamente e na minha velha morada ver que o céu ficou estrelado novamente, porque também faz tempo que as estrelas sumiram. 
Com o decorrer desses dias eu aprendi um jeito lindo de chorar, eu fico no escuro lembrando que tínhamos promessas boas para um futuro juntos, eu revejo nossos sonhos numa mesma fita de um cetim que ainda possui brilho, eu vejo você me amando como na primeira vez que nos escolhemos.
As vezes você está tão perto... Os meus braços ficam lá, buscando alguma forma de te tocar por acaso e quantas vezes você ficou ao meu lado e mesmo assim senti que a distância que nos separava não acabaria com um toque do meu dedo... Então foi aí que concluí que estar distante é estar muito perto, é um perto sem estar... É um eu que não te toca, que não te deixa e que te ama sem te ter. 
Faz muito tempo que fugimos, que tento escapar de tudo que te pertence, que recuo nas tentativas frustradas de não te levar comigo, que te amo em segredo até o fim. Sei que estou fazendo tudo errado, mas não consigo agir de outra forma mesmo acreditando que é muito cedo para dizer que não damos certo.
Faz muito tempo que continuo a te esperar na mesma calçada com a cola na mão... Volta pra casa, se gruda, me junta a ti ou sei lá... Fica mais perto sem ser da forma distante de ser meu.


Mayanne Gilnária

Um comentário:

  1. Adorei os novos textos May. Sempre um mais lindo que o outro. Vc consegui passar pelas palavras os verdadeiros sentimentos. Parabens linda! Cada dia mais encantado.

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