sábado, 12 de março de 2011

Ligação... Mistura... Nós.






É só uma criança a brincar com as asas arrancadas de uma borboleta de sonhos perdidos, não há o que temer, a vida foi posta a prova e o mais fraco perdeu. 
Embalada em um tango que eu não sei dançar vi o rubor expandir-se no rosto do rapaz que me encanta, desajeitada segui os embalos do ritmo que nos une, ele combriu-me com seu corpo de escudo e fui dele assim que a vida decidiu quem ganharia o jogo. 
Mas por que essa criança não larga essas asas sujas das tintas que ela coloria o seu mundo ? E por que esse rapaz alimenta as minhas sedes de sentimentos enebriantes ? 
Há uma ligação entre os dois mundos que se misturam nas mesmas linhas, há uma esperança pintada nos olhos de cada um, não sei se é verde, mas não possui sabor, ela só embala, nos leva, nos une. E sumindo das razões que não possuimos, nos encontramos presos a situações que nos fizeram sermos larvas no casulo querendo um certo tipo de libertação que ainda não vimos.
Não compreendo a vida, não compreendo esse ritmo, não compreendo esse morrer de uma vida indefesa. O que sei é que tudo me toca, tudo me leva a querer tocar nessas asas porém não posso abandonar a minha dança no salão a meia-noite. 
O rapaz que me acorrenta veste-se de paraíso, de cordas ritmadas qaue balançam para lá e para cá... A criança não levanta desse chão e não prova o novo sabor que a vida agora te oferece... Por que ?
Vejo tudo se dissolver ao meu redor menos as imagens de quem não me deixa, e assim brilham as deliciosas lágrimas que de mim escorrem. Já vi o sol nascer e morrer tantas vezes, então para que outros fatos se os rotineiros já bastariam ? 
Fui absorvendo um êxtase em um momento majestoso e pude entender as asas, a criança, o rapaz e a dança. As asas pertenciam ao corpo da criança que relutava em não desfazer-se de seus pedaços soltos pelo vento, a dança pertencia ao ritmar do coração do rapaz que me procurou até onde eu não andaria ou não saberia chegar lá sem ele... Os dois se misturaram e hoje nenhum deles vivem sem lutarem para que os seus sentidos sejam completos ou por asas caídas ou por um ritmo mal dançado que os dois não conseguem perder ou talvez simplesmente não querem que sumam.

Mayanne Gilnária

Um comentário:

  1. o ser-humano é muito idiota. a gente ama por besteira, se odeia por bobagem e por ai vai
    cheio de fantasias...
    lindos são as belezas sem máscara, maquiagem ou um cabelo de salão

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